As profissionais que zelam pela segurança da cidade foram homenageadas pela Associação dos Guardas Municipal de Curitiba (Agmuc) nesta segunda-feira (8/3). Das 9h às 13h, foram distribuídos kits para as associadas da Agmuc por drive-thru no Parque Barigui, ao lado do campo de futebol da base do Grupo de Operações Especiais (GOE) da corporação.
Cerca de 100 guardas municipais participaram da ação, que foi motivada pelo empoderamento das mulheres que, de acordo com a diretoria da Agmuc, foi simbolizada através de um kit: uma nécessaire personalizada contendo espelho, suporte para bolsa, um cartão e um bombom. O formato drive-thru garantiu que não houvessem aglomerações, seguindo as orientações sanitárias de distanciamento social.
“A homenagem foi maravilhosa, me senti valorizada como mulher. É sempre bom ser lembrada”, comenta a guarda municipal Andrea Muler. Além dos presentes, em busca de trabalhar a autoestima, a saúde e bem-estar das guardas municipais, a Agmuc criou um grupo nas redes sociais nomeado por “As Empoderadas”. A ideia é incentivar atividades feitas na associação entre as mulheres. Para entrar no grupo, é necessário ser associada à Agmuc.
A ação foi acompanhada pelo vice-prefeito, Eduardo Pimentel; pelo secretário de Defesa Social e Trânsito, Péricles de Matos; pelo comandante da Guarda Municipal, Carlos Celso dos Santos Junior; pelo superintendente da Defesa Social, Wagnelson de Oliveira; e pela superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella, além dos integrantes da própria Agmuc, como a presidente Valquíria Nunes da Silva e a 1ª tesoureira da recém-eleita diretoria da Agmuc, Lourdes Aparecida de Gois Padilha.
Quase três décadas na Guarda Municipal
“Eu adoro e tenho muito orgulho da minha profissão. Contribuir com a sociedade é compensador, apesar de ser uma tarefa árdua. É maravilhoso poder dar o retorno que a população espera”, diz a guarda municipal Gisele Rosângela dos Santos Bretas, que trabalha há 26 anos pela segurança municipal e também participou da atividade da Agmuc nesta segunda-feira.
Para ela, homenagens às mulheres valorizam a classe feminina na função e abrem espaço para que os desafios delas na profissão sejam vistos. “Ser mulher e guarda é um desafio e tanto, pois infelizmente o mundo ainda tem um pouco de relutância em aceitar a ascensão das mulheres em algumas profissões”, explica a guarda.
Segundo ela, há alguns anos a deficiência no efetivo de mulheres para trabalhos de campo era percebida com facilidade e, aos poucos, essa realidade foi mudando. “Ainda temos guardas em formação e conseguimos observar que na Guarda Municipal de Curitiba essa realidade está aos poucos mudando. Hoje em dia, percebemos a preocupação da administração em formar e capacitar mais mulheres para a função”, comenta.
Há quase três décadas de serviço, Gisele trabalhou tanto nas ruas quanto em áreas administrativas da corporação. “Tudo que tenho devo ao meu trabalho na Guarda Municipal, tanto bens materiais como muitos valores e conhecimentos adquiridos ao longo da jornada. Até meu casamento eu devo à profissão”, fala rindo sobre o marido, que é supervisor da GM e atualmente está lotado na Superintendência de Trânsito (Setran).